A GOTA  D'ÁGUA QUE FALTAVA BORBOREMA

Convido você a embarcar em uma viagem a um passado não muito distante, pouco mais de uma década. Estávamos no início de um novo século XXI, onde as expectativas eram as mais otimistas possíveis. “A Cidade das Aguas” esbanjava seus recursos hídricos e belezas naturais, atrativas aos turistas. Bem como passava a ter em seu território um dos maiores reservatórios que abasteceria parte do Brejo e Curimataú.

Tinha-se a impressão que a cidade, apesar dos problemas sociais e econômicos ainda despertava o olhar preocupante dos gestores públicos na busca de soluções. Já se passaram mais de dez anos, e agora nos deparamos com uma realidade bem distinta daquela inicialmente esperada pelos borboremenses. O que podemos dizer dos nossos atrativos turísticos? (A Ilha da Fantasia, A cachoeira do Roncador, Os casarões antigos, etc). E qual de nós borboremenses já não se deparou com a necessidade de buscar atendimento hospitalar durante a noite e teve que se dirigir as cidades vizinhas. Quanta insegurança com relação à segurança! A delegacia funciona em uma discreta casa locada pela prefeitura, pois seu prédio oficial se encontra em ruínas. Quantos crimes bárbaros nestes dez anos, uns julgados, outros impunes. Devemos lembrar que não é por falta de filhos da terra preparados para o combate, pois a cidade se orgulha de seus militares.

E “a gota d´água”, até os fiéis se abalaram. Depois de terem acolhido na área Pastoral Nossa Senhora do Carmo alguns párocos e seminaristas que tiveram suas ordenações diaconais e presbiterianas realizadas no período que estiveram neste município, os fieis se decepcionaram ao receberem a noticia de que a cidade apesar de sua população em sua maioria católica, não teriam o merecimento de um pároco exclusivo nem tão pouco o reconhecimento como paróquia.  Um fato lamentável para os que têm a religião como apoio para tantas dificuldades já lembradas.

Borborema em Foco